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Privacidade e segurança de dados em diagnósticos com IA: veja como garantir a proteção dos seus pacientes

O uso da Inteligência Artificial (IA) no setor de saúde vem colaborando para a obtenção de diagnósticos, tratamentos e acompanhamentos de pacientes de forma mais assertiva.

Com o auxílio de algoritmos cada vez mais inovadores, fica mais fácil identificar doenças de forma mais precisa, prever riscos e agilizar as decisões clínicas. 

Porém, conforme as tecnologias avançam, aumenta a preocupação com a privacidade e, principalmente, a segurança dos dados dos pacientes.

Neste cenário, clínicas, hospitais, laboratórios e empresas de saúde devem estar sempre atentos às inovações, às boas práticas e às exigências legais, a fim de proteger as informações sensíveis presentes no sistema.

Ao longo deste conteúdo, será possível conhecer os riscos relacionados com o uso da IA nos diagnósticos, as normas para a proteção de dados e como garantir a privacidade dos pacientes. Boa leitura!

IA e os desafios na proteção de dados em diagnósticos

Os sistemas de Inteligência Artificial (IAS) aplicados nos processos de diagnósticos por imagem são, em sua maioria, alimentados por enormes volumes de dados (imagens de exames, prontuários, laudos, histórico dos trabalhos). Essas informações são de suma importância para que os algoritmos tenham a capacidade de realizar previsões e interpretações.

Porém, o processo conta com o tratamento dos dados sensíveis, protegidos pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR). A exposição, o uso indevido ou o vazamento desses dados também podem gerar uma grave violação dos direitos.

Conheça os principais riscos da IA com relação aos dados sensíveis

O uso da IA na saúde traz alguns riscos para a privacidade e segurança dos dados, entre eles se destacam:

  • Vazamento das informações médicas: os dados dos pacientes podem ser expostos por falhas no sistema, ataque cibernético ou acesso não autorizado.
  • Uso indevido de dados: informações coletadas para fins diagnósticos podem ser utilizadas, sem o consentimento, para marketing ou desenvolvimento de novos produtos, por exemplo.
  • Discriminação do algoritmo: os algoritmos da IA podem fornecer resultados sem uma explicação clara de como chegaram a eles, discriminando elementos que podem ser importantes para a obtenção de um resultado assertivo.
  • Falta de transparência: muitos pacientes não têm ciência de que os seus dados estão sendo utilizados pela IA. Com isso, a falta de transparência nesse consentimento pode violar os princípios éticos e legais.
  • Responsabilização jurídica: caso um erro no diagnóstico aconteça por falhas nos algoritmos, é possível ter questionamentos legais sobre a responsabilidade da instituição.

Proteja os dados dos seus pacientes

Para que o uso da Inteligência Artificial (IA) na saúde aconteça de forma ética, segura e legal, é necessário seguir algumas boas práticas, por exemplo:

Adequar-se à LGPD e às demais normas

É preciso garantir que os sistemas e os processos estejam em conformidade com a LGPD. Isso inclui obter o consentimento explícito do paciente para o uso dos seus dados em um sistema de IA, estabelecer políticas de segurança da informação e privacidade, e informar com clareza o objetivo do tratamento de dados.

Preferir fornecedores experientes

Ao contratar os serviços de IA, é fundamental analisar se o fornecedor conta com práticas de informações seguras, por exemplo, a certificação ISO 27001, ofertando transparência no uso dos dados.

Investir em criptografia e controle de acesso

A criptografia de dados é uma medida de proteção. Além disso, um controle de acesso com base em autenticação em dois fatores pode auxiliar a evitar acessos indevidos às informações clínicas.

Treinar a equipe

A proteção de dados depende não só da tecnologia, mas também do fator humano. Ou seja, treinar as equipes sobre a importância da segurança das informações, as boas práticas digitais e a privacidade é de suma importância para evitar falhas e vazamentos acidentais das informações.

Ter ética e governança de dados

É fundamental contar com uma governança de dados sólida, com comitês que possam avaliar o uso da IA nos diagnósticos. Outro ponto é que as decisões críticas de saúde jamais devem ser tomadas por algoritmos, mas, sim, pela atuação humana.

Inteligência Artificial e privacidade: o equilíbrio entre responsabilidade e inovação

A Inteligência Artificial tem potencial para transformar todo o setor de saúde de maneira profunda, proporcionando ainda mais agilidade e precisão para os diagnósticos. Porém, essa evolução só poderá ser sustentável se for acompanhada de responsabilidades e comprometimento voltados para a privacidade e a segurança dos dados.

Garantir a proteção das informações dos pacientes é um dever das instituições da saúde. E, com atenção e respeito às normas, é possível aproveitar os benefícios da IA.

Esperamos que este conteúdo tenha sido esclarecedor. Para conferir mais como este, acesse o nosso blog!

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